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Durante uma audiência com os membros da Academia Sueca, no Vaticano, o Papa chamou a atenção para o impacto negativo da pandemia nos relacionamentos humanos.
Num discurso divulgado pelos serviços de informação da Santa Sé, Francisco disse que "a longa crise da pandemia está a prejudicar a capacidade de dialogar com os outros".
Na sua intervenção, o Santo Padre referiu-se aos impactos dos sucessivos confinamentos e à marca que a Covid-19 tem deixado nas pessoas, "muitas vezes de forma inconsciente".
Segundo disse, "cada um encontra-se um pouco mais distante do outro, um pouco mais fechado, talvez mais desconfiado ou simplesmente estamos menos inclinados a encontrar-nos, a trabalhar lado a lado, com a alegria e o esforço de construir algo juntos".
O Papa admitiu que esta tendência pode levar a uma "cultura da indiferença", convidando a promover uma "prática diária do encontro e do diálogo", que permita o crescimento da "amizade social", conceito central da sua última Encíclica, ‘Fratelli Tutti’, publicada em outubro de 2020.
Recorde-se, que a Academia Sueca, recebida nesta audiência pelo Papa, é responsável pela escolha dos vencedores do Prémio Nobel de Literatura.
Francisco convidou os membros deste organismo a promover o diálogo social como "via principal para uma nova cultura".
Em seu entender, "diálogo não é sinónimo de relativismo, ao contrário, uma sociedade é tanto mais nobre quanto mais cultiva a busca da verdade e está enraizada em verdades fundamentais".