Estará a abrir a esta hora a fronteira de Rafah, de ligação da Faixa de Gaza ao Egipto, o único acesso que não é controlado por Israel e que o liga à Península do Sinai egípcio.
Os palestinianos com dupla nacionalidade e os cidadãos estrangeiros vão ter cinco horas para poder entrar no Egipto, e a ajuda humanitária vai começar finalmente a chegar a Gaza.
Estima-se que uma centena de camiões com centenas de toneladas de ajuda humanitária possam finalmente entrar no enclave.
Já no domingo, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, tinha garantido que a passagem de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza, “será aberta” para facilitar a entrada de ajuda humanitária destinada aos palestinianos cercados naquele enclave.
“Estamos a definir, em cooperação com a ONU, o Egito, Israel e outros, um mecanismo para levar a ajuda a quem dela necessita”, disse o chefe da diplomacia norte-americano, num comunicado divulgado pelo Departamento de Estado.
Antony Blinken regressa esta segunda-feira a Israel, após uma intensa ronda de contactos por seis países árabes, tendo alertado no Egito que é necessário valorizar a dignidade humana na resposta que Israel dá ao Hamas.
Já o presidente norte-americano Joe Biden está a considerar uma viagem a Israel nos próximos dias, para afirmar, pessoalmente, ao povo israelita que os Estados Unidos estão firmes no seu apoio.
Entretanto, o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, disse que as políticas e ações do Hamas não representam o povo palestino.
De acordo com a agência oficial de notícias palestiniana Wafa, Abbas transmitiu ainda numa conversa telefónica com o Presidente venezuelano que a Organização para a Libertação da Palestina é o único representante legítimo do povo palestino.