A Guinness World Records está a investigar se o Bobi, considerado o cão mais velho do mundo, que morreu na última semana, tinha mesmo 31 anos e 165 dias.
Segundo o The Guardian, as dúvidas começaram a levantar-se junto da classe veterinária.
Danny Chambers, veterinário e membro do conselho do Royal College de Cirurgiões Veterinários disse ao jornal que a idade do Bobi "era o equivalente a um ser humano viver mais de 200 anos, o que, dadas as nossas capacidades médicas atuais, é completamente implausível".
Os testes genéticos que Bobi fez não eram precisos em relação à sua idade, já que apenas concluíram que o cão português era velho. Além disso, de acordo com os veterinários, Bobi viveu "três vezes mais do que a média" para a sua raça.
O rafeiro alentejano ultrapassou todos os recordes já registados, tirando o título a Bluey, uma cadela australiana que viveu até aos 29 anos e cujo recorde se mantinha intacto desde 1939.
Devido à ceticidade que se instalou após a morte de Bobi, a Guinness confirmou ao The Guardian que está a tentar responder a todas as perguntas.
Leonel Costa, dono de Bobi desde os oito anos, explica a longevidade do rafeiro alentejano por este viver num "ambiente calmo e tranquilo", longe das cidades. O dono explicou que a genética deste cão também ajudava: a mãe viveu até aos 18 anos e outro cão da família viveu até aos 22.
Bobi foi galardoado com um Guinness World Record em fevereiro com 30 anos e 243 dias e faleceu dia 21 de outubro. Vivia em Conqueiros, uma aldeia de Leiria.