A ativista climática sueca Greta Thunberg visitou esta sexta-feira a vila alemã de Lützerath, que será demolida para a expansão de uma mina de carvão, antes de se realizar uma manifestação nas proximidades no sábado.
Greta Thunberg também visitou a mina de carvão a céu aberto de Garzweiler.
Lützerath tornou-se um ponto de discussão sobre os esforços climáticos da Alemanha.
A polícia de intervenção começou a expulsar esta quarta-feira ativistas climáticos de uma vila no oeste da Alemanha, que será demolida para a expansão de uma mina de carvão.
Algumas pedras e engenhos pirotécnicos foram atirados quando os polícias entraram na pequena localidade de Luetzerath, que se tornou um ponto de debate sobre os esforços de defesa do clima no país, noticiou a agência Associated Press (AP).
A polícia começou a limpar hoje o último prédio ocupado, dizendo que alguns ativistas teriam de ser retirados das casas nas árvores, informou a agência de notícias DPA.
Os ambientalistas consideram que demolir a vila para expandir a mina de carvão Garzweiler nas proximidades resultará em enormes quantidades de emissões de gases de efeito estufa.
O governo e a empresa energética RWE argumentam que o carvão é necessário para garantir a segurança energética da Alemanha.
No entanto, um estudo do Instituto Alemão de Investigação Económica questiona a postura do governo, depois de ter sido divulgado que outros campos de carvão existentes poderiam ser usados, embora o custo para a RWE fosse maior.
Outra alternativa seria a Alemanha aumentar a produção de energia renovável, reduzir a procura através de medidas de eficiência energética ou importar mais carvão ou gás a outros países, segundo o mesmo estudo.
Com base nas conclusões do estudo, e alertando para a necessidade urgente de reduzir as emissões de carbono, os manifestantes recusaram-se a aceitar a decisão judicial desta segunda-feira, que efetivamente os baniu daquela localidade.
Alguns dos ativistas manifestaram críticas particulares ao partido ambientalista Verde, que faz parte dos governos regional e nacional que chegaram a um acordo com a RWE no ano passado, que permite destruir a vila em troca do fim do uso do carvão até 2030, em vez de 2038.