O secretário-geral da UGT escreveu ao primeiro-ministro, António Costa, a defender a criação de uma diretiva que assegure a contratação coletiva e o salário mínimo na Europa, divulgou esta sexta-feira a central sindical.
A carta foi enviada a António Costa no âmbito da ação da Confederação Europeia de Sindicatos (CES) para a criação de uma Diretiva Quadro que garanta a negociação coletiva e um salário mínimo na Europa.
“Escrevo-lhe para sublinhar a importância de a União Europeia respeitar os seus compromissos e produzir uma Diretiva Quadro que, para além de garantir um salário mínimo na Europa, garanta que todos os Estados Membros promovem e protegem a Negociação Coletiva como forma de assegurar salários justos e condições de trabalho dignas”, defendeu o líder da UGT, Carlos Silva, na missiva.
O sindicalista referiu ao primeiro-ministro que a UGT partilha a posição da Confederação Europeia de Sindicatos, considerando que existe base legal para uma Diretiva Quadro como a que defendem, no âmbito da legislação europeia relativa à melhoria das condições de trabalho.
Carlos Silva lembrou a António Costa que a crise de 2010 provou “a importância dos salários como fator de estímulo para a economia”.
“É pertinente relembrar que o salário mínimo, além da sua função social, pode ajudar a combater as divergências económicas na Europa, e promover a coesão social funcionando como uma espiral positiva, tão necessária, num tempo de incertezas em que os cidadãos exigem respostas concretas para um futuro melhor”, salientou o líder da UGT na carta.