Polícias da PSP param carros de patrulha no Comando Metropolitano de Lisboa em protesto
08-01-2024 - 21:37
 • Lusa

O presidente do Sindicato Nacional da Polícia, Armando Ferreira, confirmou à Lusa que os carros de patrulha da PSP estão parados às portas as esquadras, sendo um protesto que não está a ser organizado pelos sindicatos e que surgiu de forma espontânea entre os polícias.

Vários carros de patrulha da PSP do Comando Metropolitano de Lisboa estão esta segunda-feira ao fim da tarde parados como forma de protesto dos polícias por melhores condições de trabalho e salários, indicaram à Lusa fontes sindicais.

Segundo um dos sindicatos, às 18h30 havia "carros de patrulha inoperacionais" nas divisões da Polícia de Segurança Pública da Amadora, Loures, Odivelas e Oeiras e em duas divisões de Lisboa.

O presidente do Sindicato Nacional da Polícia, Armando Ferreira, confirmou à Lusa que os carros de patrulha da PSP estão parados às portas as esquadras, sendo um protesto que não está a ser organizado pelos sindicatos e que surgiu de forma espontânea entre os polícias.

A Lusa contactou a direção nacional da PSP que para já não presta qualquer comentário.

Fonte de outro sindicato da polícia indicou à Lusa que o protesto começou em Lisboa, mas já há outros comandos da PSP do país com os carros parados, como Porto, Santarém e Setúbal.

A mesma fonte avançou que, além dos carros de patrulha, também as carrinhas das equipas de intervenção rápida e vários carros das equipas de investigação criminal estão paradas e não estão ao serviço. .

Além dos carros de patrulha parados, dezenas de polícias começaram também a concentrar-se, ao fim da tarde de hoje, em frente à Assembleia da República para exigir melhores condições de trabalho e salários.

A contestação dos elementos da PSP, juntamente com os militares da GNR, teve início após o Governo ter aprovado em 29 de novembro o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, que, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês.

Os elementos da PSP e da GNR consideram tratar-se de um "tratamento desigual e discriminatório".