Seis pessoas em três carros entram no banco de trás. Os automóveis arrancam e começam a andar. Magia? Parece, mas não é. É a tecnologia de carros sem condutores, que a Waymo, empresa do universo Alphabet, onde se integra a Google, mostrou que já existem, na Web Summit, esta terça-feira.
Os carros sem condutor, que colocam novas questões éticas, já andaram nas estradas de Phoenix, nos Estados Unidos. Não são apenas uma ideia para o futuro.
Com um carro automático estacionado no palco, John Krafcik, líder da Waymo, deu o exemplo da mãe de 89 anos. Já não pode conduzir e deixar de poder andar de carro pode ser considerado uma condicionante para a liberdade individual. Krafcik diz que a quer evitar.
“Não vamos construir um carro melhor, vamos dar um melhor condutor”, referiu.
Há também muitas mortes nas estradas, que o CEO da Waymo garante que podem ser evitadas. Socorre-se da estatística: 94% dos acidentes acontecem devido a erros humanos. São pessoas que adormecem ao volante, que se maquilham ou falam ao telemóvel. Tudo coisas do passado, garantiu.
Krafcik anunciou ainda que os sensores do Waymo já conseguem distinguir entre carros e pessoas. E podem ainda, em tempo real, desviar-se de obstáculos. Num dos vídeos apresentados no palco da Altice Arena, a empresa mostrou como o carro autónomo consegue até identificar uma passadeira.
O CEO da Waymo referiu que actualmente os carros são a segunda compra mais cara das nossas vidas, a seguir a uma casa, e que em 95% do tempo os carros não são usados.
Como nos EUA mais de 60% das viagens são de menos de dois quilómetros, o líder da Waymo garante que uma reduzida frota de carros já pode garantir a mobilidade de uma pequena cidade.
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Krafcik diz que o acesso vai ser tão fácil como pegar numa “app”.
Em relação à segurança, a Waymo diz já ter desenvolvido um simulador com 25 mil veículos destes a andar nas ruas. Nos últimos tempos, já fizeram quatro milhões de quilómetros todos os dias.
"Como ficou provado, muitas vidas podem ser transformadas, qualquer pessoa, em qualquer lado se pode beneficiar" dos veículos autónomos, garantiu ao público o líder da Waymo.