O francês Didier Deschamps e o neerlandês Ronald Koeman podem conseguir, neste Europeu, algo que só aconteceu uma única vez na história: vencer o torneio como jogador e selecionador.
O alemão Berti Vogts é o único nome na lista. O defesa, que fez a carreira toda no Borussia Monchengladbach, fez parte da equipa da Alemanha Ocidental que ergueu a taça em 1972 frente à União Soviética.
Vogts não somou um único minuto nesse torneio, mas foi um jogador importante na "mannschaft". Esteve no Euro seguinte e voltou a chegar à final, que perdeu frente à Checoslováquia. Pelo meio, Vogts foi figura central na conquista do Mundial de 1974. Fez todos os minutos da prova.
Independentemente da falta minutos no Europeu de 1972, o torneio ficou no currículo e Vogts juntou-lhe outro anos mais tarde, como treinador.
Depois de mais de uma década como selecionador sub-21, Vogts foi convidado para ser o selecionador da Alemanha em 1990, depois do título mundial conquistado po Franz Beckenbauer. O primeiro torneio foi na Suécia, em 1992. A história conta a incrível caminhada da Dinamarca, de repescada a vencedora do torneio, precisamente contra a Alemanha na final.
A desforra de Vogts chegou quatro anos depois. Na final contra a Chéquia de Poborsky e Nevded, Oliver Bierhoff foi o herói. Empatou o jogo e marcou o golo de ouro que deu o troféu à Alemanha e colocou o nome do treinador na história.
O recorde mantém-se desde 1996, mas há dois candidatos no Euro 2024.
Didier Deschamps foi o capitão da França na conquista do Euro 2000. O francês já foi o terceiro a vencer o Campeonato do Mundo como jogador (1998) e selecionador (2018) e quer repetir o feito no Euro. Já chegou a uma final, mas perdeu-a em casa, em 2016, contra Portugal.
Já Ronald Koeman, o central goleador, venceu o Euro em 1988, quando os Países Baixos bateram a União Soviética por 2-0 na final. Uma equipa histórica com Frank Rijkaard, Ruud Gullit e Marco van Basten.
Será na sua segunda passagem pela seleção que Koeman, também antigo treinador do Benfica, vai tentar juntar o seu nome ao de Vogts.
No entanto, nem Deschamps, nem Koeman têm lugar garantido na final. Pela frente, a França terá de superar a Espanha, enquanto que os Países Baixos encontram-se com a Inglaterra.