Coronavírus. PCP favorável ao desconfinamento mas exige urgência no apoio à micro e pequenas empresas
29-04-2020 - 20:43
 • Lusa

Jerónimo de Sousa esteve reunido, esta quarta-feira, com o primeiro-ministro António Costa.

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O secretário-geral do PCP manifestou-se a favor da adoção de medidas de desconfinamento social para a retoma da atividade económica, mas exige meios de proteção dos cidadãos e urgência no apoio à micro e pequenas empresas.

Esta posição foi assumida por Jerónimo de Sousa, após ter sido recebido pelo primeiro-ministro, António Costa, sobre o novo quadro de medidas para a contenção da pandemia de Covid-19 após o fim do estado de emergência, que cessa em 2 de maio.

"Obviamente acompanhamos medidas de desconfinamento que permitam uma retoma da laboração e da economia, mas com uma nota de alerta que fizemos particularmente em relação às medidas sanitárias de proteção, seja em creches, jardins de infância, escolas, empresas ou fábricas. As condições de segurança e de salvaguarda sanitária têm de ser elemento fundamental na proteção daqueles que trabalham", declarou o líder comunista.

Durante o encontro com António Costa, Jerónimo de Sousa disse ter chamado a atenção do Governo para "não se esquecer dos muitos milhares de pequenos empresários, que, se não forem apoiados, dificilmente poderão reabrir, o que terá tremendas consequências".

"Poderemos assistir a um efeito mais lapidar do que em relação à situação de doença que atualmente existe. O Governo tem de ter em conta este grande setor que emprega a maioria dos portugueses e que deve ser alvo de medidas concretas que permitam a sua sobrevivência", advertiu Jerónimo de Sousa.

Questionado sobre a substituição do estado de emergência pela declaração de calamidade, o secretário-geral do PCP afirmou que o seu partido "mantém a opinião de que existem leis suficientes para aplicar as medidas" de combate à cnovid-19, designadamente a Lei de Bases da Proteção Civil.

Jerónimo de Sousa apontou ainda "os poderes efetivos da autoridade de saúde para realizar aquilo que se pretende".

"Nota-se aqui um abrandamento. Mas insisto que existem leis suficientes. Faltam é medidas para tranquilizar milhões de portugueses", acrescentou.