O ministro da Administração Interna garantiu esta quarta-feira que os polícias vão ter "ganhos reais em todos os escalões e níveis remuneratórios mesmo depois dos descontos para o IRS" e prometeu rever os suplementos da GNR e PSP em 2023.
José Luís Carneiro e a secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, reuniram-se hoje à tarde com as estruturas socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana (GNR) e sindicatos da Polícia de Segurança Pública no âmbito da negociação coletiva sobre valorização salarial nas forças de segurança.
Em comunicado, o Ministério da Administração Interna (MAI) refere que José Luís Carneiro transmitiu o compromisso do Governo para estudar, em 2023, "o aprofundamento de medidas" no âmbito da saúde, higiene e segurança no trabalho, que terá reflexos no plano orçamental, tendo também assumido o "compromisso de revisitar, no próximo ano, o trabalho realizado na anterior legislatura ao nível da tabela de suplementos da GNR e da PSP".
Na reunião, o ministro reafirmou que o efetivo da PSP e GNR com salários brutos até 1.163 euros vão ter, no próximo ano, aumentos no salário base de 90,64 a 107,70 euros (entre 10,9% e 12,7%) consoante as posições remuneratórias.
O MAI salienta que a este aumento "acresce uma subida do suplemento por serviço e risco entre os 18,13 e os 21,54 euros (6,92% e 7,99%)".
Já os sargentos da GNR e chefes da PSP, bem como os oficiais das duas forças de segurança, terão aumentos de 52,11 euros em salários brutos até 2.570,82 euros e de 2% nos salários acima desse valor, mais o acréscimo no suplemento por serviço e risco entre 1,7% e 3,1%, consoante o vencimento base.
Segundo o MAI, José Luís Carneiro assinalou ainda que "haverá ganhos reais em todos os escalões e níveis remuneratórios mesmo depois de aplicados os descontos para o IRS".
Os sindicatos da PSP e as associações socioprofissionais da GNR vão ter uma nova reunião no MAI na próxima quarta-feira.