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O ex-presidente da Associação Nacional de Farmácias João Cordeiro, através da empresa Quilaban, vendeu três milhões de máscaras do tipo FFP2 à Direcção-Geral da Saúde com um certificado “inválido ou falso”. A notícia é publicada neste domingo pelo jornal "Público", no âmbito de uma investigação sobre a entrada na Europa de inúmeros equipamentos de proteção com documentos falsificados. O valor total da encomenda foi de 8,5 milhões de euros.
Segundo o jornal, João Cordeiro remeteu esclarecimentos sobre o assunto para o diretor-geral da empresa, Sérgio Luciano, que admitiu problemas no certificado.
Ainda assim, Luciano alegou a "aparente qualidade” das máscaras e sublinhou que o fornecedor também disponibilizou “estudos de conformidade” emitidos por um instituto chinês de certificação. Ainda justificou a situação com o" contexto de intensa pressão que existe para o fornecimento e entrega destes produtos".
As máscaras foram vendidas à Quilaban pela empresa chinesa Gansu Changee Bio-pharmaceutica.
O Ministério da Saúde, contatado pelo "Público", informou que as FFP2 “não foram distribuídas e, até ao esclarecimento cabal, não será efectuado qualquer pagamento”.
Estas máscaras do tipo FFP2 destinam-se a profissionais de saúde e foram contratualizadas através de um ajuste directo feito a 7 de Abril.