O Presidente da República expressou esta segunda-feira o “desejo” de que as “estruturas de saúde” se possam “reaproximar” dos chefes de cirurgia que se demitiram do Hospital Santa Maria, defendendo que um “problema no funcionamento da saúde” é “indesejável”.
Falando aos jornalistas depois de ter participado numa conferência no ISCTE, intitulada “O futuro do trabalho visto pelos jovens”, Marcelo Rebelo de Sousa reagiu à demissão dos dez chefes de equipa de cirurgia do Hospital Santa Maria formulando “um desejo”.
“O que eu desejo é que seja possível reaproximar os pontos de vista e ultrapassar esta como outras situações que sejam situações que possam criar engulhos, bloqueamentos, naquilo que é fundamental na vida dos portugueses e que se chama saúde. É sempre importante, neste momento é mais importante”, referiu.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, é necessário aproximar “as estruturas e os responsáveis de saúde destes profissionais de saúde numa área muito sensível que são as urgências”, numa altura em que se procura, simultaneamente, “vacinar mais e mais depressa” e, por outro lado, “acorrer a várias doenças, a várias situações, muitas delas de urgência”.
“E, portanto, tudo o que seja neste momento paragem, ou seja crise, ou seja problema no funcionamento de saúde, é indesejável”, indicou.
Os dez chefes de equipa de cirurgia do Hospital Santa Maria, em Lisboa, demitiram-se do cargo e nove vão deixar de fazer urgências porque têm mais de 55 anos, confirmou à Renascença o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Jorge Roque da Cunha.