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O Irão não pretende abandonar o acordo nuclear que foi esta terça-feira “rasgado” pelos Estados Unidos desde que os interesses do país sejam respeitados, anunciou o Presidente Hassan Rouhani.
“Se alcançarmos as metas do acordo em cooperação com os outros parceiros do acordo, continuará em vigor. Ao abandonar o acordo, a América está oficialmente a minar o seu empenho num tratado internacional”, declarou o líder do governo de Teerão.
Hassan Rouhani vai aguardar “algumas semanas” e falar com os seus aliados e com os outros países que assinaram o acordo nuclear de 2015, nomeadamente, a França, a Alemanha e o Reino Unido.
Num discurso ao país logo após o anúncio de Donald Trump, o Presidente iraniano revelou, ainda, ter dado ordens à Organização de Energia Atómica para estar “preparada para iniciar o enriquecimento de urânio a níveis industriais”.
O início do enriquecimento de urânio está dependente das conversações das próximas semanas.
“Isto é uma guerra psicológica, não vamos deixar que Trump vença”, declarou Hassan Rouhani.
Guterres tenta manter acordo vivo
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apela aos restantes países que continuem a cumprir um acordo nuclear com o Irão.
Em comunicado, António Guterres mostra-se “profundamente preocupado” com a decisão anunciada esta terça-feira por Donald Trump.
Donald Trump anunciou oficialmente, esta terça-feira, a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irão.
O Irão é o "maior patrocinador estatal de terrorismo no mundo", acusa o Presidente norte-americano.
"Não permitiremos que um regime que entoa 'morte à América' consiga obter armas nucleares", sublinhou Donald Trump.
O primeiro-ministro israelita felicitou o Presidente norte-americano Donald Trump pela sua decisão em abandonar o acordo nuclear com o Irão e voltar a impor sanções ao país.
"O Presidente Trump tomou uma decisão valente", disse Benjamin Netanyahu, que agradeceu em nome de todos os israelitas as medidas do Presidente dos EUA "para travar a atitude agressiva do Irão".
O antigo Presidente norte-americano Barack Obama, que assinou o acordo em 2015, considera que a decisão de Trump é um “erro grave”.