​CP admite reforçar oferta de transporte para refugiados
18-03-2022 - 12:33
 • João Cunha , Cristina Nascimento

Empresa garante que já tem feito este reforço e reconhece que houve uma “situação isolada” em que a CP “não estava preparada” para um grupo de maior de refugiados. Uns não conseguiram lugar, outros fizeram três horas de viagem em pé.

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“A CP está a acompanhar ao momento o que está a acontecer, face este fluxo de passageiros, e caso se revele que, de facto, uma maior consistência da chegada de grupos mais alargados à fronteira com Badajoz passará a funcionar com duas automotoras”, disse à Renascença a porta-voz da empresa.

Pretende-se assim evitar situações como a do último fim de semana, em que cerca de 30 refugiados ucranianos chegaram de comboio a Badajoz, mas depois não tiveram lugar para viajar até Lisboa. Os que ainda conseguiram entrar na com posição, viajaram três horas de pé.

Ana Portela considera que esta foi uma “situação isolada” e que o reforço de lugares já tem sido feito.

“Já aconteceu em vários dias nas últimas duas semanas, a CP colocou uma composição dupla para poder trazer estas pessoas. Em alguns desses dias, não havia necessidade dessa composição porque os grupos acabaram por não chegar, assim como houve uma situação isolada em que a CP não estava preparada para um grupo tão grande e foi mais difícil efetuar esse transporte nas condições ideais”, reconhece a porta-voz.

Ao todo, a CP já transportou 860 refugiados ucranianos das fronteiras portuguesas, sem custos, tendo a larga maioria entrado pela fronteira de Badajoz.