O chanceler alemão disse que os países aliados, que possam entregar tanques de guerra à Ucrânia, devem fazê-lo agora.
Olaf Scholz avançou que facilitaria esta decisão com o fornecimento de logística, reposição de 'stocks' e treino aos soldados. "Para mim, este é um exemplo do tipo de liderança que as pessoas podem esperar da Alemanha", disse na Conferência de Segurança de Munique.
No meio da crescente pressão internacional, no mês passado, o governo alemão anunciou a entrega planeada de tanques modernos Leopard 2 do exército para ajudar a Ucrânia a defender-se das tropas russas.
A Alemanha ainda está à espera que alguns parceiros europeus deem seguimento às próprias promessas, apesar de anteriormente ter sido acusada de estar a bloquear a decisão numa fase inicial por alegadamente recear uma potencial escalada do conflito.
"A Alemanha é o maior apoiante militar da Ucrânia na Europa”, disse Scholz, na reunião anual de políticos, diplomatas, responsáveis militares e chefes de topo da indústria de Defesa.
Entretanto, a empresa alemã que fabrica estes carros de combate ofereceu-se para aumentar a sua produção se houver um consenso político, após o debate aberto realizado nas últimas semanas sobre o envio dos blindados.
Portugal vai enviar três tanques de guerra Leopard 2 para a Ucrânia no próximo mês de março.
Sem tabus
Já o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy disse que não deveria haver tabus no fornecimento de armas à Ucrânia, uma vez que este país necessita de armas para defender a sua soberania.
Falando numa conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, afirmou: "Temos um entendimento comum com os Países Baixos de que não deve haver tabu sobre o fornecimento e apoio de armas ao nosso exército, à nossa Ucrânia, porque apoia e protege a nossa soberania".