O bispo da Diocese de Vila Real, D. António Augusto Azevedo, emitiu uma nota pastoral relativa aos comportamentos a seguir nas diversas paróquias da diocese, relativamente à prevenção da propagação do coronavírus.
“A gravidade da situação provocada pela rápida disseminação do Covid-19, aconselha a que sejam tomadas algumas medidas excecionais no âmbito da diocese de Vila Real”, começa por explicar o bispo de Vila Real.
D. António Augusto apela, depois, à responsabilidade e prudência de cada pessoa, para que evite comportamentos que possam pôr em risco a sua saúde ou a dos outros e ao respeito por todas as indicações das autoridades competentes.
Na nota pastoral enviada à Renascença, o bispo de Vila Real faz saber que foram “adiadas as visitas pastorais à diocese” e as “celebrações do sacramento da penitência e reconciliação com confissão individual para o período imediatamente posterior a esta crise, esperando que tal aconteça ainda no tempo pascal”.
Também foi suspensa a catequese, as celebrações em lares de idosos e outros lugares de especial vulnerabilidade, até que seja restabelecida a normalidade, e ainda a iniciativa diocesana da peregrinação da imagem da Sagrada Família.
O bispo de Vila Real recomenda “algumas precauções nas celebrações de funerais, tais como evitar grande afluência de pessoas ou gestos de risco”.
O prelado assinala ainda que se deve “restringir a atividade pastoral na diocese, paróquias e outras instituições, reduzindo-a ao estritamente indispensável, evitando aglomerações de pessoas”.
O bispo de Vila Real lembra ainda “a necessidade de cumprir as orientações da CEP, nomeadamente a comunhão na mão, a omissão do gesto da paz e o não uso da água benta”.
Em relação às celebrações da Páscoa, o bispo de Vila Real indica que em breve serão dadas novas orientações que terão em conta o evoluir da situação”.
“Apesar da sua gravidade [a propagação do Covid - 19], ela deve suscitar uma vivência quaresmal mais forte, com uma oração mais intensa e um jejum mais consciente”, assina o bispo diocesano, desejando que “esta provação nos ajude a uma autêntica conversão e a uma mudança de atitude perante a vida”.
“Este tempo de incertezas e receios constitua também oportunidade para valorizar o essencial e renovar a nossa confiança em Jesus Cristo que na cruz assumiu os nossos males para nos abrir horizontes de esperança”, realça.
D. António Augusto manifesta “reconhecimento e incentivo aos profissionais de saúde, aos cuidadores e a todos os que, fazendo parte dos vários serviços de saúde, apoio ou socorro, estão empenhados no difícil combate a esta doença” e convida “todos os diocesanos à oração pelos doentes, pelos que estão infetados com este vírus ou padecem doutra doença, e ainda por todos os que já foram vitimados por esta pandemia”.