A Direção-Geral de Serviços Prisionais (DGSP) garante que o novo vídeo em que reclusos da cadeia de Paços de Ferreira alegadamente fumam droga é "anterior" às imagens de uma festa que motivaram a demissão da diretora da prisão.
"A gravação agora divulgada foi feita a 4 de fevereiro e, na sequência da abertura de um processo de averiguações, dois dos reclusos que aparecem nas imagens foram então sujeitos a medidas cautelares de confinamento", disse à Lusa fonte oficial da DGSP.
Em menos de duas semanas, foram divulgados dois vídeos de reclusos do Estabelecimento Prisional de Passos de Ferreira, um a 11 de fevereiro, mostrando uma festa filmada e difundida por telemóvel, e outro divulgado no sábado, no qual um grupo de três reclusos refere estar a fumar um cigarro de droga no recreio da prisão.
Fonte da DGPC garante que o vídeo agora divulgado é anterior ao outro e às buscas que se realizaram no estabelecimento prisional.
A mesma fonte acrescentou que, "em função das imagens, quem vier a ser identificado" será sujeito a um processo de inquérito e punido pelas infrações que se vierem a confirmar.
A 15 de fevereiro, a diretora do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, Maria Fernanda Barbosa, pediu a sua demissão ao diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, e o pedido foi aceite, de acordo com informações do Ministério da Justiça.
No mesmo dia, a Guarda Prisional apreendeu telemóveis, drogas e outros artigos numa megaoperação na cadeia de Paços de Ferreira, envolvendo mais de 100 operacionais, que se iniciou na noite de quinta-feira e terminou às 05:30 de hoje, informou fonte oficial.
A 11 de fevereiro, o PSD pediu a audição no parlamento da ministra da Justiça para dar explicações sobre episódios recentes de festas em estabelecimentos prisionais, considerando que "faltam recursos e falta organização" neste setor.
No requerimento, o PSD cita notícias segundo as quais, na tarde do dia 9, um grupo de reclusos do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira terá organizado uma festa de aniversário e transmitido, através de telemóvel, imagens da festa em direto "sem que seja visto um único guarda prisional por perto".