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A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem conhecimento de uma nova variante da Covid-19 que surgiu na Grã-Bretanha, mas ainda não há provas de que esta estirpe se comporte de maneira diferente dos restantes tipos do vírus já detetados.
A informação foi avançada pela própria organização esta segunda-feira, numa conferência de imprensa em Genebra.
"Estamos cientes de uma variante genética detetada em mil indivíduos em Inglaterra", adiantou aos jornalistas Mike Ryan, especialista em emergências da OMS.
"As autoridades estão a analisar a sua importância. Já foram detetadas diversas variantes, este vírus evolui e muda ao longo do tempo", indicou o especialista.
Ryan reagiu assim à informação adiantada esta segunda-feira pelo ministro britânico da Saúde, Matt Hancock, de que pelo menos 60 autoridades locais distintas em Inglaterra registaram infeções de Covid-19 causadas por esta nova variante do SARS-CoV-2.
"Identificámos até agora mais de mil casos desta nova variante, sobretudo no sul de Inglaterra, embora haja já casos identificados em quase 60 áreas distintas de autoriadde local", adiantou o governante. Para já, esclareceu, "ainda nada sugere" que esta estirpe provoque casos mais graves de Covid-19 ou que ponha em causa a eficácia das vacinas já desenvolvidas e em distribuição
À BBC, Alan McNally, especialista da Universisade de Birmingham, diz que os laboratórios de análises clínicas do Reino Unido detetaram esta nova estirpe nas últimas semanas, mas pediu para não se entrar em pânico face à descoberta.
"É preciso não entrar em histeria, [a existência de uma nova variante do vírus] não significa que seja mais transmissível ou mais infecciosa ou perigosa."
O mesmo especialista diz que há "enormes esforços em curso no sentido de caracterizar esta nova variante e perceber o seu surgimento" e sublinha que é preciso "manter uma perspetiva calma e racional" e lembrar que o aparecimento de novas estirpes faz parte da "normal evolução do vírus".