Mais de dois terços das pessoas (69%) que experimentam um cigarro acabam por se tornar fumadores, pelo menos temporariamente, segundo um estudo publicado na revista científica "Nicotine and Tobacco Research".
A investigação baseia-se nos dados de mais de 216 mil inquéritos realizados no âmbito de 8 investigações realizadas a partir do ano 2000 no Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia.
É a primeira vez que os investigadores conseguem estabelecer uma ligação entre o impacto de se "experimentar um cigarro" e o tabagismo, destaca Peter Hajek, da Queen Mary University de Londres (Reino Unido) e dos principais autores. Para o investigador, a pesquisa reforça a importância das campanhas de prevenção junto dos jovens e adolescentes.
"Descobrimos que a taxa de conversão do primeiro cigarro em hábito diário, é surpreendentemente elevada, o que ajuda a confirmar a importância de evitar a experimentação do cigarro", frisa Peter Hajek.
Para o investigador, é preciso investir em campanhas que chamem à atenção para os perigos de um "acto que pode ser encarado como recreativo" se vir a tornar numa "necessidade compulsiva diária, que precisa de ser satisfeita".