O ministro da Saúde, afirmou este sábado em Vila Nova de Gaia que Portugal está entre os "melhores países do mundo" com "números baixíssimos" de mortalidade infantil, citando os dados divulgados na sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
"Uma vez mais, Portugal fica como um dos melhores países do mundo em mortalidade infantil, 2.6 é um número extraordinário, eu sei que há a tentação de dizer que 2.6 é pior do que tínhamos conseguido no ano anterior, mas é o quarto melhor número de sempre em Portugal", disse Pizarro.
O ministro, que falava aos jornalistas à margem de uma visita que hoje efetuou às obras do metro junto ao Hospital Santos Silva, em Gaia, lembrou que em 2010 a taxa fixou-se em 2.5, em 2020 e 2021 foi de 2.4 e, este ano, ficou nos 2.6.
Apesar da subida da taxa, o ministro da Saúde considerou que os números dos últimos anos "provam que o nosso sistema de saúde maternoinfantil está em bom funcionamento" e aproveitou a oportunidade para fazer um elogio público a todos os profissionais que têm mantido "uma qualidade de assistência materna [...] que é um motivo de orgulho e satisfação e de tranquilidade para os portugueses".
"Estamos em números muito baixos, com pequeníssimas flutuações que promovem mudanças, isso não significa que as devamos desvalorizar e que não as devamos estudar", disse. .
Segundo o ministro, os dados divulgados na sexta-feira "também têm outra boa notícia", que é o número de nascimentos em Portugal ter aumentado mais de 4.000 no último ano. "Temos de olhar sempre para a tal taxa de mortalidade infantil, comparando o número de crianças mortas até um ano, por cada mil nados vivos. Esse número de 2.6", sustentou.
"Estamos com flutuação muito pequenina, de décimas, que podem ter causas muito variadas, há desde logo uma causa evidente, o aumento da idade média das mães no momento do nascimento das crianças e o aumento da proporção de mães acima dos 40 anos. Já são quase 10% as progenitoras acima dos 40 anos", frisou.
Apesar de tudo, acrescentou, "os números continuam baixíssimos".
A taxa de mortalidade infantil aumentou em 2022, de 2,4 para 2,6 óbitos por mil nados-vivos, num ano em que o número de nascimentos aumentou 5,1%, revelam dados oficiais divulgados na sexta-feira.
Segundo os dados das Estatísticas Vitais do Instituto Nacional de Estatística (INE), morreram 217 crianças com menos de um ano no ano passado, mais 26 do que em 2021.
Os dados do INE indicam também que o número de nascimentos subiu para 83.671 em 2022, mais 5,1% do que no ano anterior, enquanto o número de óbitos baixou para os 124.311 (menos 0,4%).
"O aumento do número de nados-vivos e o decréscimo do número de óbitos determinaram o desagravamento do saldo natural [diferença entre o número de nados-vivos e o número de mortes, num dado período de tempo], de menos 45.220 em 2021 para menos 40.640 em 2022", mas mantém-se negativo em todas as regiões.