A China afirma não ter detetado quaisquer agentes patogénicos novos ou invulgares ligados ao aumento de casos de doenças pulmonares no norte do país, informou quinta-feira a Organização Mundial da Saúde, após solicitar informações detalhadas a Pequim.
"As autoridades chinesas indicaram que não foram detetados quaisquer agentes patogénicos novos ou invulgares, nem sinais clínicos invulgares, mas apenas um aumento geral do número de casos de doenças respiratórias devido a agentes patogénicos conhecidos", afirmou a OMS, em comunicado hoje divulgado.
A organização está atenta, desde outubro, a dados dos sistemas de vigilância chineses que mostram um aumento significativo de doenças respiratórias entre crianças no norte da China.
O coronavírus Covid-19, que apareceu se tornou uma pandemia e provocou a morte de milhões de pessoas, surgiu no final de 2019 em Wuhan, capital da província chinesa de Hubei.
A agência da ONU para a saúde adiantou ter feito um pedido formal a Pequim para obter mais dados, depois de uma teleconferência realizada na quinta-feira com o Centro chinês de Controlo e Prevenção de Doenças e o Hospital Infantil de Pequim.
Para já, a organização de saúde, com sede em Genebra, recomenda que a população chinesa respeite "as medidas que visam reduzir o risco de doenças respiratórias".
Tal como foi recomendado durante a pandemia de Covid-19 e durante epidemias em geral, as medidas de segurança incluem vacinação, distanciamento de pessoas doentes, isolamento em caso de sintomas, testes frequentes e uso de máscara.
Em declarações à imprensa feitas no dia 13 de novembro, as autoridades chinesas atribuíram este aumento de doenças respiratórias ao abandono, este ano, das restrições sanitárias anti-Covid e à circulação de agentes patogénicos conhecidos.