​PS sem "plano B" para a TSU
17-01-2017 - 00:47

Ana Catarina Mendes considera que Passos Coelho e o PSD se demitiram “de fazer oposição a sério” e deram uma "cambalhota" na questão da taxa social única.

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Não há plano B. O Governo deverá insistir e esperar que o decreto sobre a taxa social única seja chamado ao Parlamento. A Renascença sabe que a estratégia é deixar todo o processo correr como se não houvesse uma revogação já anunciada.

No executivo reina, por isso, a tranquilidade e o discurso será sempre o de que a culpa não é do Governo, que honrou os seus compromissos. O PSD é que não é coerente.

“O PS não mudou de posição. O Bloco de Esquerda e o PCP sempre foram contra. Quem deu uma cambalhota e não sabe o que quer é Passos Coelho, que desvaloriza a concertação social”, afirma a secretária geral adjunta socialista, Ana Catarina Mendes.

No final da comissão política nacional do PS, a dirigente socialista disse ainda que o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, tem manifestado “desnorte total” na questão da taxa social única (TSU) e considerou que, quer o PSD quer o seu líder, se demitiram “de fazer oposição a sério”, algo que “não é bom para a democracia”.

A atitude do PS vai ser continuar a fazer pressão sobre os sociais-democratas, obrigando Pedro Passos Coelho a justificar-se.

O Governo quer baixar a taxa social única para as empresas que contratem trabalhadores com salário mínimo e espera uma promulgação rápida do diploma por parte do Presidente da República, de modo a acelerar a assinatura do acordo com os parceiros.

“Aquilo que o PS já apresentou ao país foi uma política de reposição de rendimentos. O que está em causa para o PS é garantir que o aumento do salário mínimo nacional acontece. Isso faz-se com os parceiros na concertação”, frisou Ana Catarina Mendes.

O Conselho de Ministros aprovou esta segunda-feira a redução da TSU dos empregadores e o aumento do salário mínimo nacional para 557 euros.

O decreto-lei seguiu para o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgar ou bloquear a medida acordada com os parceiros sociais.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, reafirmou esta segunda-feira a sua oposição à redução da taxa social única (TSU) e garantiu que não vai na conversa de “encantadores de serpentes”.