​Marcelo e Costa preocupados com lesados do BES que "ficaram sem poupanças"
11-06-2016 - 11:56
 • Eunice Lourenço , enviada especial a Paris

Num discurso perante a comunidade portuguesa em Champigny, o primeiro-ministro afirmou que o Governo e o Presidente da República não podem sobrepor-se à justiça, mas estão empenhados numa solução.

O Presidente da República e o primeiro-ministro manifestaram, em Paris, a sua preocupação em relação ao problema dos lesados do BES, que levaram este sábado o seu protesto a Marcelo Rebelo de Sousa e a António Costa.

Num discurso perante a comunidade portuguesa em Champigny, António Costa afirmou que o Governo e o Presidente da República não podem sobrepor-se à justiça, mas estão empenhados numa solução.

O primeiro-ministro disse que o Presidente da República acompanha o Governo na preocupação de criar mecanismos de diálogo e negociação para que os cerca de dois mil lesados do papel comercial do GES sejam ressarcidos.

"Não compete ao Governo nem ao Presidente da República sustituirem-se à justiça, mas sei que o Presidente acompanha o Governo na preocupação de criar os mecanismos de diálogo, de negociação, de arbitragem que permitam a todos aqueles que foram lesados verem os seus direitos tão satisfeitos quanto possível, no quadro de um banco que faliu, mas que antes de ter falido enganou milhares e milhares daqueles que com todo o suor da sua vida tinham conseguido amealhar algumas poupanças", declarou António Costa.

As palavras do primeiro-ministro foram muito aplaudidas por um grupo de lesados do BES, que marcou presença em Champigny.

No seu discurso, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa também deixou uma palavra para os lesados do BES.

“Estaremos atentos aos que apostaram em instituições financeiras portuguesas e cujas poupanças que de repente desapareceram”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado está atento aos "novos problemas" dos portugueses em França, entre os quais está o ensino da Língua Portuguesa. Marcelo saudou o compromisso manifestado, na sexta-feira, pelo seu homólogo francês, François Hollande, em ajudar o desenvolvimento do ensino do Português.