O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol aplicou uma interdição de dois jogos ao Estádio do Dragão, devido aos incidentes no final do clássico entre FC Porto e Sporting, a 11 de fevereiro.
Este castigo, que ainda é passível de recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto, pode afetar diretamente novo clássico entre FC Porto e Sporting, no Dragão. Este a contar para a terceira jornada da I Liga, o segundo jogo em casa que os dragões disputarão na nova época - o primeiro é logo na primeira jornada, frente ao Marítimo.
Caso se confirme o castigo e um eventual recurso não tenha efeitos suspensivos, o FC Porto-Sporting da terceira jornada será disputado fora do Estádio do Dragão. Ao contrário do castigo de jogo à porta fechada, em que é barrada a entrada a adeptos, a sanção de interdição do estádio impede mesmo um clube de organizar espetáculos desportivos no seu recinto. Logo, o Porto teria de encontrar novo palco para o clássico.
Em causa está a confusão instalada no relvado do Dragão após a receção do FC Porto ao Sporting, que terminou empatada a dois golos, a contar para a jornada 22 do campeonato da temporada passada.
Em comunicado, o Conselho de Disciplina refere que a FC Porto SAD é condenada pela prática de cinco infrações indisciplinares: uma de "arremesso de objeto sem reflexo no jogo", três de "entrada e permanência de pessoas não autorizadas" e outra de "inobservância qualificada de outros deveres". Esta última vale a sentença de interdição do estádio por dois jogos. A SAD portista foi, ainda, multada em 25.245 euros.
Multas pesadas para coletes azuis
O Conselho de Disciplina também concretizou vários processos disciplinares contra funcionários do FC Porto. O coordenador de segurança foi multado em 1.530 euros, o diretor de campo em 918 euros e o diretor de segurança em 918 euros. Há multas a três elementos de apoio às ações promocionais da FC Porto SAD, os coletes azuis que na altura se envolveram na confusão entre equipas: 3.060 euros para cada.
Os confrontos do clássico também geraram castigos para jogadores e dirigentes de ambos os clubes: logo quatro dias depois, João Palhinha (Sporting) foi castigado por três jogos e Marchesín (Porto) por dois.
Em abril, Pepe, do FC Porto, e Bruno Tabata, do Sporting, foram suspensos por 23 dias, cada, e Matheus Reis (Sporting) por um jogo. Luís Gonçalves, administrador da SAD portista, foi suspenso por 68 dias e multado em 1.910 euros. Por outro lado, o caso contra Hugo Viana, diretor desportivo do clube leonino, foi arquivado sem demais consequências.