​Covid-19: Planos de recuperação já permitiram reagendar mais de 30% das consultas
29-05-2020 - 16:35
 • Lusa

Recuperação da atividade assistencial está a ser feita através de meios não-presenciais, do desfasamento de horários de atendimento e do reforço da atividade de equipas domiciliárias, explica o secretário de Estado da Saúde.

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Mais de 30% das consultas e outros atos da atividade assistencial, adiados devido à pandemia de covid-19, já foram reagendados no âmbito dos planos de recuperação, revelou esta sexta-feira o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales.

“Estamos a recuperar a atividade assistencial conforme vários planos previamente consignados e temos planos de recuperação que já superam os 30% de reagendamento das consultas, e da atividade assistencial mais no global”, avançou António Lacerda Sales durante a conferência de imprensa diária de balanço sobre a pandemia em Portugal.

Questionado sobre o relato de alguns utentes do Serviço Nacional de Saúde, que revelam dificuldades na marcação de atos médicos adiados devido à pandemia da covid-19, o governante assegurou que estão a ser feitos esforços para evitar essas situações.

Esta recuperação da atividade assistencial, esclareceu, está a ser feita através de meios não-presenciais, do desfasamento de horários de atendimento e do reforço da atividade de equipas domiciliárias.

“Estamos a manter os planos de recuperação que tínhamos e vamos continuar com este plano de recuperação para que possa ser efetivamente realizado o mais celeremente possível”, disse Lacerda Sales, adiantando que também tem havido uma maior articulação com os cuidados de saúde primários para a realização de atividades de consulta hospitalar de forma descentralizada.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) contratou cerca de três mil médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde desde o início da pandemia de Covid-19, disse esta sexta-feira o secretário de Estado António Lacerda Sales.

“Foram contratados cerca três profissionais de saúde: 125 médicos, mais de 900 enfermeiros, 205 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, 1.350 assistentes operacionais, entre outros profissionais”, disse o secretário de Estado da Saúde.

Sobre a situação particular do plano de vacinação, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, voltou a reforçar o apelo para que as famílias não deixem de levar as crianças aos centros de Saúde para que sejam vacinadas.

Questionada sobre relatos de pais de crianças infetadas com o novo coronavírus cujas primeiras vacinas e consultas foram adiadas, Graça Freitas disse apenas que o plano de vacinação destas crianças deve ser retomado assim que estejam recuperadas.

“Uma criança destas, obviamente, se não tem o seu esquema vacinal completo, terá de o completar e o seu médico assistente, quando a considerar recuperada deste episódio, retomará o seu calendário vacinal”, disse.

Portugal contabiliza pelo menos 1.383 mortos associados à covid-19 em 31.946 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado na quinta-feira.

Relativamente ao dia anterior, há mais 14 mortos (+1%) e mais 350 casos de infeção (+1,1%).

O número de pessoas hospitalizadas subiu de 512 para 529, das quais 66 se encontram em unidades de cuidados intensivos (mais uma).

O número de doentes recuperados é de 18.911.

Portugal entrou no dia 3 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

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