O Papa Francisco aceitou, esta segunda-feira, a renúncia do arcebispo de Adelaide, D. Philip Edward Wilson, acusado de encobrir um caso de abuso sexual infantil.
O anúncio foi feito num breve comunicado divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé.
A 3 de julho, D. Philip Wilson, foi condenado a uma pena de prisão de 12 meses por encobrir um caso de abuso sexual infantil pelo padre James Fletcher, durante a década de 1970.
A conferência episcopal australiana reagiu a esta condenação judicial, manifestando-se solidária com as vítimas.
“A Igreja fez mudanças substanciais para assegurar que o abuso e o encobrimento já não são parte da vida católica e que as crianças estão seguras nas nossas comunidades”, assinalou um comunicado divulgado pelo organismo católico.
No último mês de maio, D. Philip Wilson, de 67 anos, tinha sido considerado culpado por não informar a polícia, entre 2004 e 2006, dos abusos sexuais cometidos pelo já falecido sacerdote James Fletcher, afastando-se do governo da diocese.
A 3 de junho, o Papa nomeou D. Greg O’Kelly como administrador apostólico para a Arquidiocese de Adelaide, o qual passou a ter a seu cargo toda a gestão da vida diocesana.
O jesuíta D. Greg O’Kelly informou os católicos da arquidiocese australiana que D. Philip Wilson foi condenado a seis meses de prisão efetiva, com um período adicional de seis meses em liberdade condicional.
A pena está em suspenso até 14 de agosto, para avaliar se o arcebispo poderá de cumprir a sentença em prisão domiciliária.
No último sábado, o Papa tinha decidido suspender o antigo arcebispo de Washington (EUA), acusado de abusos sexuais; D. Theodore McCarrick renunciou ao cardinalato.