“O caminho para a unidade dos cristãos e o caminho de conversão sinodal da Igreja estão ligados”, disse o Papa, no Angelus deste domingo.
“Por isso, aproveito esta ocasião para anunciar que sábado, 30 de setembro próximo, terá lugar na Praça de São Pedro uma Vigília ecuménica de oração, na qual confiaremos a Deus os trabalhos da 16.ª assembleia geral ordinária do sínodo dos bispos”, que se realiza de 4 a 29 de outubro deste ano, anunciou Francisco.
O convite do Papa é extensivo também aos mais novos: “Para os jovens que vierem à vigília, haverá um programa especial durante todo o fim de semana, organizado pela Comunidade Taizé. Convido, desde já, os irmãos e irmãs de todas as confissões cristãs a participarem nesta reunião do povo de Deus”.
No final do Angelus, o Santo Padre aproveitou, uma vez mais, para pedir orações pelo povo da Ucrânia,
"Não esqueçamos o martirizado povo ucraniano que sofre tanto”, apelou Francisco. “Permaneçamos perto deles com os nossos sentimentos, com a nossa ajuda, com a nossa oração”, afirmou.
Saber afastar-se no momento oportuno
Nas reflexões que fez sobre o Evangelho deste domingo e a propósito do exemplo de João Batista, que aconselhou os seus discípulos a seguirem Jesus e não a ele mesmo, Francisco reconheceu que “é fácil apegar-se a papéis e cargos, à necessidade de ser estimado, reconhecido e premiado”, mas “não é uma coisa boa, porque o serviço envolve a gratuidade, o cuidar dos outros sem vantagens para si, sem segundas intenções”.
O Papa elogiou a atitude do profeta: “também nos fará bem cultivar, como João Batista, a virtude de nos afastarmos no momento oportuno, testemunhando que o ponto de referência da vida é Jesus”.
Isso implica “libertar-se dos apegos do próprio ego”, reconhece Francisco.
“Saber afastar-se custa, mas é muito importante: é o passo decisivo para crescer no espírito de serviço”, concluiu.