A tuberculose aumentou em Portugal. Dados relativos a 2018 revelam um crescimento de 21,5% em relação aos dois anos anteriores. A taxa de incidência da doença, que se situou em 20,8 casos por 100.000 habitantes, representa um novo máximo desde 2010.
Os dados constam na terceira edição do Instituto Nacional de Estatística sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), publicada esta sexta-feira.
O maior crescimento foi registado no grupo etário dos 25 aos 34 anos, que passou de 19,5 em 2017 para 27,0 em 2018. Houve também crescimentos significativos nos grupos etários dos 35 aos 44 anos, dos 45 aos 54 e dos 55 aos 64. A taxa de incidência na população a partir dos 75 anos, manteve-se elevada, com 26,2 casos notificados por 100.000 habitantes.
Os dados revelam ainda que os homens são mais afetados do que as mulheres. As áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto são as mais afetadas. Na Madeira é onde se registam menos casos.
Uma das metas dos ODS é “acabar com as epidemias de sida, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas, combater a hepatite, doenças transmitidas pela água e outras doenças transmissíveis”, até 2030.
Dados de 2018 revelam que, na região europeia da Organização Mundial da Saúde, o número de novos casos estava a diminuir a uma taxa média de 4,3% ao ano, o que não permite atingir o objetivo proposto.
Ainda de acordo com o INE, Portugal apresenta indicadores positivos em vários dos objetivos de desenvolvimento sustentável. É o caso da Saúde, Energias Renováveis e Indústria, Inovação e Infraestruturas. A Ação Climática é o objetivo com pior classificação.