O Governo ucraniano rejeitou esta sexta-feira o levantamento de parte das sanções internacionais impostas à Rússia em troca de um regresso de Moscovo ao acordo que permita a exportação de cereais de três portos ucranianos do mar Negro.
"Debilitar parte do regime de sanções contra a Federação russa em troca do restabelecimento do acordo dos cereais seria um triunfo da chantagem alimentar russa e um convite a novas vagas de chantagens por parte de Moscovo", considerou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Oleg Nikolenko, na sua conta pessoal no Facebook.
O responsável ucraniano reagia à publicação no diário alemão Bild de uma carta que o secretário-geral da ONU, António Guterres, enviou ao ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, onde sugere o levantamento de parte das sanções em troca do regresso ao acordo dos cereais.
"Debilitar parte do regime de sanções contra a Federação russa em troca do restabelecimento do acordo dos cereais seria um triunfo da chantagem alimentar russa e um convite a novas vagas de chantagens por parte de Moscovo", considerou o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Oleg Nikolenko, na sua conta pessoal no Facebook.
O responsável ucraniano reagia à publicação no diário alemão Bild de uma carta que o secretário-geral da ONU, António Guterres, enviou ao ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, onde sugere o levantamento de parte das sanções em troca do regresso ao acordo dos cereais.
Desde o fim do acordo, a Rússia tem bombardeado intensamente os portos do sul da Ucrânia e seus silos de cereais, ao mesmo tempo que Kiev tem procurado rotas alternativas à exportação de produtos, para além de ataques a diversos portos e embarcações russas no mar Negro.
No seu comentário, Nikolenko solicita aos responsáveis internacionais que "continuem empenhados para que a Rússia volte a cumprir as suas obrigações" em vez e "reforçar a sua sensação de impunidade e estimular novas agressões com concessões".
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.