Pedrógão Grande. Estudo vai avaliar impacto na saúde da população
21-07-2017 - 23:55
 • Elsa Araújo Rodrigues

Técnicos vão avaliar, entre outros parâmetros, a função respiratória da população afectada pelos incêndios na região Centro.

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A população da zona afectada pelos incêndios da região Centro vai ser alvo de um estudo para avaliar o impacto dos fogos na saúde.

A investigação vai abranger a população de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera e vai durar dois anos.

O projecto, que tem como objectivo identificar os riscos para a saúde, é realizado em parceria entre várias instituições e conta também o apoio do Serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Em declarações à Renascença, o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, José Tereso, explica que também será avaliada a função respiratória da população afectada pelos incêndios.

“Vamos ter dois espirómetros portáteis para medir a capacidade respiratória de cada indivíduo, para sabermos se está a respirar bem ou não, se tem ou não alterações, para ser devidamente encaminhado”, sublinha José Tereso.

A investigação vai ter uma amostra aleatória de população. Os técnicos vão fazer um questionário para recolher dados sobre as pessoas que estiveram expostas aos incêndios de Junho.

“É um trabalho de investigação, não é aquilo que neste momento já estamos a fazer no terreno, com as unidades de cuidados na comunidade, com a saúde pública, com todas as unidades funcionais a trabalharem em prol da promoção da saúde, da detecção de situações que poderão ser encaminhadas para os médicos de família ou para os hospitais”, sublinha o presidente da Administração Regional de Saúde do Centro.

O estudo vai contar com diferentes projectos integrados, nomeadamente o estudo do foro respiratório, cutâneo, oftalmológico, cardíaco, psíquico e outros, o estudo da função respiratória e cardiovascular, estudo do solo e alimentos, a qualidade do ar e a qualidade da água de consumo.

O incêndio de Pedrógão Grande, que deflagrou a 17 de Julho e foi extinto uma semana depois, provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.