No ano passado, os portugueses gastaram cerca de três mil milhões de euros em apostas, o que representa uma subida de 2% face ao ano anterior.
Segundo as contas apresentadas pelo Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia, as raspadinhas canalizaram mais de metade do volume de apostas.
Feitas as contas, por dia, os portugueses apostaram, em média, oito milhões e meio de euros.
São os melhores resultados de sempre da Santa Casa. Quanto aos apostadores, conseguiram ganhar 1.833 milhões de euros, no total.
Raspadinha é a preferida
O jogo em que os portugueses mais apostam é a raspadinha, uma tendência que se tem vindo a acentuar e que, no ano passado, resultou em 1.594 milhões de euros gastos (mais 7,2% do que em 2017).
Seguem-se os seguintes jogos:
- Euromilhões (850 milhões em apostas, menos 5,4% do que em 2017)
- Lotarias (entre os 23 e os 69 milhões, com subidas face ao ano passado).
· Placard (527 milhões, mais 4,9%)
· Totobola (97 milhões, menos 2,5%)
· Apostas mútuas (908 milhões, menos 6,9%)
As contas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa relativas a 2018 foram apresentadas na terça-feira. Segundo o relatório, do total bruto arrecadado, foram devolvidos à sociedade 97,5% – “mais de 3 mil milhões de euros, um valor equivalente a 1,5% do PIB nacional”, refere o documento.
O dinheiro foi reencaminhado para as “áreas da ação social, saúde, desporto (em particular, desporto escolar), cultura, proteção civil e promoção da cidadania e da igualdade”, refere ainda o relatório.
Aos prémios pagos aos apostadores, somam-se 180 milhões em Imposto de Selo, as remunerações pagas aos mediadores e comerciantes locais, 236 milhões de euros, e distribuição de receitas pelos beneficiários, 733 milhões de euros, um aumento de 2,1% face a 2017.