Dois inspetores da Polícia Judiciária (PJ) deslocaram-se esta quarta-feira à sede do PSD, em Lisboa, para pedir documentos relativos a uma investigação que envolve o ministro Miguel Pinto Luz.
A notícia foi avançada pelo jornal Observador e confirmada pela Renascença junto de fonte do PSD.
A PJ solicitou documentos da campanha de Miguel Pinto Luz à liderança do PSD, em 2019. Fonte do PSD sublinha que não foram realizadas buscas.
Em causa está um contrato entre uma empresa de comunicação e uma empresa da Câmara de Cascais para, alegadamente, financiar a assessoria à campanha interna de Pinto Luz.
A Polícia Judiciária realizou esta quarta-feira buscas na Câmara de Cascais, num caso que não tem arguidos constituídos.
Em causa estão "suspeitas de benefício indevido da uma sociedade privada detida por cidadã estrangeira, mais concretamente por via da alienação, à referida sociedade, a preço de custo e sem qualquer procedimento formal de contratação pública, de património imobiliário e mobiliário adquirido pelo Município de Cascais e estruturado como unidade fabril de produção de máscaras cirúrgicas", avança o Ministério Público (MP), em comunicado.
As autoridades investigam alegados crimes de "corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio, prevaricação e abuso de poder, não havendo ainda arguidos constituídos, e encontrando-se a investigação a coberto de segredo de justiça".
Os factos terão ocorrido entre 7 de maio de 2020 e 2 de maio de 2022.
O presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, negou o envolvimento de Miguel Pinto Luz no processo que levou a Polícia Judiciária a efetuar buscas em diversos edifícios da autarquia.
Miguel Pinto Luz era vice-presidente da autarquia e atualmente exerce funções como ministro das Infraestruturas e Habitação do Governo liderado por Luís Montenegro.