Quatro ativistas do Climáximo partiram, este sábado, a montra da loja da Gucci na Avenida da Liberdade, em Lisboa. A Renascença confirmou que apenas uma jovem foi identificada, tendo os outros três conseguido fugir.
Fonte do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa explicou que os ativistas partiram o vidro da montra da loja de luxo pelas 10h40, inscrevendo uma frase a tinta vermelha. Entre os quatro jovens envolvidos, apenas uma jovem foi identificada - a detenção depende de queixa dos proprietários da loja, disse a mesma fonte.
Em comunicado, o grupo Climáximo confirmou a ação, mas apenas refere três pessoas. "Uma ativista quebrou o vidro de uma montra, enquanto outras duas pintaram em tinta vermelha «Quebrar em caso de emergência climática»", disse o grupo.
Esse número é corroborado por uma testemunha, que publicou na rede social X (antigo Twitter) um vídeo dos danos feitos na montra da loja.
O Climáximo afirma que o alvo da ação foi escolhido porque a marca pertence "ao bilionário francês François-Henri Pinault, CEO da empresa Kering, com um património líquido de 40 mil milhões de dólares e um dos homens mais ricos do mundo".
O grupo refere que "a ONU aponta que os ultra-ricos têm de cortar mais de 97% das suas emissões, no relatório de lacuna de emissões, mas o consumo de luxo nunca esteve tão alto", e pede "que a transição energética seja financiada com a introdução de um novo escalão do IRS, aplicado aos rendimentos superiores a 150 000 euros anuais brutos, com a taxação fixada em 99%".
[atualizada às 13h11]