Bolsonaro já tem ministra da Agricultura
07-11-2018 - 21:20

Tereza Cristina era deputada e é engenheira agrónoma de formação.

O Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, anunciou, através do Twitter, a presidente da frente parlamentar agropecuária do Congresso Nacional e deputada federal Tereza Cristina, como ministra da Agricultura do seu Governo.

Na publicação feita na rede social, Bolsonaro anunciou o nome de Tereza Cristina, a primeira mulher a fazer parte do Governo do recém-eleito Presidente, que é também uma engenheira agrónoma e uma das principais defensoras do projeto que visa mudar as regras no registo de produtos agrotóxicos no Brasil, através da mudança de nome e de uma análise mais profunda dessas substâncias.

A futura ministra está ainda no seu primeiro mandato como deputada, tendo já sido secretária estadual do Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo.

Quanto à restante equipa de Governo de Bolsonaro, o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira confirmou hoje que assumirá o comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI): "Eu vou para o GSI. O Presidente [eleito] escolheu", afirmou aos jornalistas, durante uma visita ao Comando da Aeronáutica, em Brasília. O GSI é o Ministério responsável pela coordenação das secretas.

Conhecido como general Heleno, o militar tinha sido anunciado anteriormente como o próximo ministro da Defesa, mas na terça-feira Bolsonaro indicou que tinha mudado de ideias.

O futuro Presidente adiantou também o nome do deputado federal Onyx Lorenzoni para ocupar o Ministério da Casa Civil, enquanto o astronauta e major da reserva Marcos Pontes fica com a tutela do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O juiz Sérgio Moro fica com a pasta da Justiça e o economista Paulo Guedes assume o Ministério da Economia.

O candidato do Partido Social Liberal (PSL, extrema-direita), Jair Messias Bolsonaro, 63 anos, capitão do Exército reformado, foi eleito no dia 28 de outubro, na segunda volta das eleições presidenciais, como 38.º Presidente da República Federativa do Brasil, com 55,1% dos votos, derrotando o candidato do Partido dos Trabalhadores, Fernando Haddad, que teve 44,9% dos votos, e tomará posse no dia 1 de janeiro.