A Comissão Política Nacional (CPN) do PAN aprovou, esta quarta-feira, o que já estava acordado: a coligação com o PSD e CDS na Madeira.
O acordo foi levado à reunião da direção política do partido, e foi ratificado por "larga maioria", confirmou à Renascença um dos membros presentes.
Um dos filiados presentes na reunião descreve o encontro como "uma tragicomédia" e lamenta que o acordo que viabiliza o governo de Miguel Albuquerque tenha tido luz verde da câmara alta do partido Pessoas Animais Natureza.
A direção de Inês Sousa Real, por sua vez, fala numa "oportunidade histórica" para tornar a Madeira num local "onde a proteção animal seja uma realidade e a proteção ambiental não seja apenas um agitar de bandeira”, numa nota enviada à agência Lusa.
Oposição diz que não teve acesso ao acordo
Outro membro presente denuncia que a oposição interna do PAN (que integra a CPN) não teve acesso ao acordo, relata um clima de "asfixia democrática" considera que tem havido um "desrespeito pelos estatutos do partido".
Este membro da direção do partido diz que o PAN vive a "lei da rolha, onde há uma caça ao processo disciplinar", e revela que Joaquim Sousa - porta-voz do PAN Madeira que diz que o acordo é ilegal-, pediu para ir à reunião e ninguém lhe respondeu.
Depois deste acordo assinado com o governo de Miguel Albuquerque, a ala crítica de Inês Sousa Real considera que o PAN dá a imagem de "um partido que se vendeu por meia dúzia de patacas".
Já ontem um dos membros da Comissão Política Nacional do PAN criticava o acordo feito na Região Autónoma da Madeira por ir "contra os princípios fundadores do partido" e condenava a forma como a decisão foi tomada antes de a direção do partido ser consultada.