Os elementos da GNR destacados para a prevenção de incêndios florestais foram reforçados em 30%, anunciou nesta quarta-feira o ministro da Administração Interna, revelando que, nos próximos três dias, estarão no terreno mais de 5.200 militares da GNR.
"Temos hoje no terreno um reforço de 30% da capacidade de patrulhamento das forças da GNR: Vamos ter mais de 5.200 militares no terreno a garantir observação de todas as atitudes e comportamentos relativamente a incêndios florestais", disse José Luís Carneiro no final de uma reunião no Comando-Geral da Guarda Nacional Republicana, em Lisboa.
O agravamento das condições climatéricas e o aumento de risco de incêndio levou a um reforço dos meios no terreno que conta ainda com "mais 920 elementos que estão nos 230 postos de vigia fixos", acrescentou o ministro em declarações aos jornalistas.
No total, há "mais de 6.100 elementos que ativamente estão a garantir a vigilância e observação de atitudes e comportamentos no terreno", concluiu José Luís Carneiro.
O tenente-coronel Vaz Alves, diretor do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, acrescentou que nos próximos três dias estarão no terreno “2.300 patrulhas só da GNR” em ações de apoio e vigilância, que contam ainda com elementos dos sapadores florestais, meios das forças armadas e até das autarquias.
Há 230 postos de vigia espalhados pelo país, que “abrangem 73% da vigilância de todo o território”, e 143 câmaras de videovigilância que “abrangem 62% do território nacional”, acrescentou Vaz Alves.
As condições climatéricas e risco de incêndio levaram a um “incremento para 2.300 patrulhas”, quando em média há apenas “268 patrulhas diárias”, explicou o diretor do SEPNA.
O ministro recordou ainda que, na terça-feira, também a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) decidiu reforçar as equipas de bombeiros, após uma avaliação do risco de incêndio, tendo em conta que se prevê que “as temperaturas possam chegar aos 45.Cº em determinadas regiões do país”.
José Luis Carneiro voltou hoje a apelar à população para a importância de manter “comportamentos e atitudes de responsabilidade enquanto comunidade nacional, tal como se tem registado nos últimos tempos, em que se nota uma redução das ignições”.