Pelo menos quatro pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas na sequência de um atentado bombista durante uma missa católica no sul das Filipinas, declararam as autoridades.
A explosão ocorreu durante uma missa católica no ginásio da Universidade Estatal de Mindanau (MSU, na sigla em inglês), em Marawi, disse o chefe da polícia regional Allan Nobleza.
“Estamos a investigar se foi um engenho explosivo caseiro ou uma granada”, disse Nobleza.
A MSU condenou em comunicado o “ato de violência”, suspendeu as aulas e destacou mais segurança para o campus universitário.
“Somos solidários com a nossa comunidade cristã e com todas as pessoas afetadas por esta tragédia”, declarou a universidade na nota.
O grupo Estado Islâmico reivindicou o atentado bombista. "Os soldados do califado detonaram um engenho explosivo numa concentração de crentes (...) na cidade de Marawi", afirmou o grupo 'jihadista' num comunicado publicado no Telegram.
Fotografias publicadas na página da rede social Facebook do governo provincial de Lanao del Sur mostram o governador Mamintal Adiong a visitar as “vítimas feridas no ataque bombista” num centro médico.
O ataque ocorreu três dias depois de o exército filipino ter matado 11 militantes islamitas da organização Dawlah Islamiya em Mindanau. O exército afirmou no sábado que a organização estava a planear ataques noutra província do país.
Vários muçulmanos reuniram-se em solidariedade com as vítimas da explosão.
Em comunicado, o Presidente filipino, Ferdinand Marcos, condenou os atos "insensatos e particularmente hediondos perpetrados por terroristas estrangeiros".
O Papa Francisco afirmou estar "próximo das famílias, dos habitantes de Mindanau, que já sofreram tanto".
Em 2017, Marawi foi palco de um confronto sangrento, depois de grupos fundamentalistas alinhados com o Estado Islâmico (EI) terem tomado parcialmente a cidade, onde entraram com bandeiras do EI.
Durante cinco meses, o exército filipino combateu os extremistas até a cidade ser libertada, numa batalha que fez mais de 1.200 mortos - 978 fundamentalistas islâmicos, 168 soldados e 87 civis.
[Notícia atualizada às 19h48]