Quatro mortos num atentado em missa católica no sul das Filipinas
03-12-2023 - 17:40
 • Marta Pedreira Mixão com Lusa

A explosão ocorreu durante uma missa católica no ginásio da Universidade Estatal de Mindanau.

Pelo menos quatro pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas na sequência de um atentado bombista durante uma missa católica no sul das Filipinas, declararam as autoridades.

A explosão ocorreu durante uma missa católica no ginásio da Universidade Estatal de Mindanau (MSU, na sigla em inglês), em Marawi, disse o chefe da polícia regional Allan Nobleza.

“Estamos a investigar se foi um engenho explosivo caseiro ou uma granada”, disse Nobleza.

A MSU condenou em comunicado o “ato de violência”, suspendeu as aulas e destacou mais segurança para o campus universitário.

“Somos solidários com a nossa comunidade cristã e com todas as pessoas afetadas por esta tragédia”, declarou a universidade na nota.

O grupo Estado Islâmico reivindicou o atentado bombista. "Os soldados do califado detonaram um engenho explosivo numa concentração de crentes (...) na cidade de Marawi", afirmou o grupo 'jihadista' num comunicado publicado no Telegram.

Fotografias publicadas na página da rede social Facebook do governo provincial de Lanao del Sur mostram o governador Mamintal Adiong a visitar as “vítimas feridas no ataque bombista” num centro médico.

O ataque ocorreu três dias depois de o exército filipino ter matado 11 militantes islamitas da organização Dawlah Islamiya em Mindanau. O exército afirmou no sábado que a organização estava a planear ataques noutra província do país.

Vários muçulmanos reuniram-se em solidariedade com as vítimas da explosão.

Em comunicado, o Presidente filipino, Ferdinand Marcos, condenou os atos "insensatos e particularmente hediondos perpetrados por terroristas estrangeiros".

O Papa Francisco afirmou estar "próximo das famílias, dos habitantes de Mindanau, que já sofreram tanto".

Em 2017, Marawi foi palco de um confronto sangrento, depois de grupos fundamentalistas alinhados com o Estado Islâmico (EI) terem tomado parcialmente a cidade, onde entraram com bandeiras do EI.

Durante cinco meses, o exército filipino combateu os extremistas até a cidade ser libertada, numa batalha que fez mais de 1.200 mortos - 978 fundamentalistas islâmicos, 168 soldados e 87 civis.

[Notícia atualizada às 19h48]