Metade das compras "'online" nacionais são feitas em retalhistas que operam em Portugal
10-11-2017 - 15:33

Compras em retalhistas chineses "aumentaram de 14% para 20%". Reino Unido e Espanha são as principais países de origem das compras internacionais.

Metade das compras na Internet feitas em Portugal é realizada em retalhistas que operam no mercado português e um quinto em entidades que operam na Europa. Esta é a principal conclusão do estudo "e-Commerce Report", divulgado esta sexta-feira pelos CTT e que analisou as compras realizadas entre e Maio e Julho deste ano e encomendado pelos Correios de Portugal.

No que se refere ao volume de compras "online" "por origem dos "esellers" [retalhistas com vendas "online"], constata-se que cerca de metade das compras é feita a "esellers" que operam no mercado nacional e um quinto" a entidades "que operam no mercado europeu", refere o estudo.

As compras feitas a retalhistas presentes na China "aumentaram de 14% para 20% do total de compras 'online'", ou seja, mais 43 pontos percentuais face ao ano anterior.

No que refere à Europa, o Reino Unido e Espanha "mantêm-se como principais origens para a compra "cross-border" [fronteira], tendo as compras em Espanha aumentado 8,4%", mais um ponto percentual face ao ano anterior.

Sobre o perfil do comprador português na Internet - "ebuyer" -, o estudo concluiu que se distribui "de forma equilibrada entre os dois géneros (52% sexo feminino e 48% sexo masculino), sendo que oito em cada dez tem até 44 anos de idade e 70,1% possuem habilitações académicas: licenciatura ou mestrado.

"Quanto ao rendimento médio mensal, dois em cada três [consumidores 'online'] auferem mais de 1.600 euros por mês. Em termos de lazer passam cerca de três horas, em média, por dia a navegar na Internet", acrescenta o estudo.

"O 'e-commerce' em Portugal cresce mais de 10% e as pessoas que compram 'online' crescem mais de 20% todos os anos", apontou o administrador dos CTT.

No ano passado, o comércio electrónico cresceu 10,5%.

"Sentimos que há uma novidade muito grande no transporte de encomendas, os consumidores querem cada vez mais as encomendas mais rápidas, convenientes e com segurança", salientou Francisco Simão.

Este estudo é encomendado pelos CTT para "acompanhar as tendências" e, nesse sentido, criar "uma resposta em termos de oferta comercial".

Por exemplo, "o serviço de entrega permanece uma componente importante" para o comprador 'online', "dado que oito em cada dez 'ebuyers' o consideram 'importante' ou 'muito importante'", acrescenta o estudo feito com base em 700 inquéritos telefónicos a compradores 'online', 100 questionários telefónicos a retalhistas com venda na Internet, 13 entrevistas presenciais a 'esellers' e sete entrevistas presenciais a operadores de distribuição.