O fiscalista Tiago Caiado Guerreiro defende que a tributação ao património imobiliário que o Governo, com o apoio do Bloco de Esquerda, quer impor é uma caso de “múltipla tributação”.
Em declarações à Renascença, sustenta que este novo imposto, aplicado sobre o património global, é "uma injustiça" e diz que resta saber se os partidos também vão pagar este novo imposto.
“Como é que partidos que não pagam IMI e provavelmente serão isentos deste imposto, [podem propô-lo]? Não se percebe”, critica o fiscalista.
A mesma fonte define este caso como sendo de “múltipla tributação” e que terá o perigo de travar única área da economia que prospera.
“O investimento não existe, as exportações estão a decrescer, e a única coisa que cresce vai ser atacada porque as contas públicas não estão controladas”, argumenta.
Tiago Caiado Guerreiro diz que ainda falta saber mais pormenores sobre este novo imposto que podem ser decisivos para os proprietários.
“A dúvida é se isto se aplicará só a soma de imóveis que dê 500 mil euros ou também a imóveis cujo valor matricial [dado pelas Finanças] seja 500 mil euros. O rendimento de muitos imóveis é muito baixo, e em Portugal já temos muitos impostos sobre o património”, remata.