O CEO do grupo Fortera, Elad Dror, envolvido na Operação Babel por suspeitas de um “esquema de corrupção e de favorecimento” relacionado com licenciamentos urbanísticos de projetos, diz que o projeto Skyline partiu de iniciativa da Câmara de Gaia e garante que nada fez de ilegal.
De acordo com o Jornal ECO, o empresário israelita diz-se enganado pela autarquia uma vez que até ao momento não tem uma única parcela aprovada dos projetos que tinha planeado em Gaia, indicando que para que o projeto fosse rentável precisavam de mais 30 mil metros quadrados de construção.
Segundo a publicação, Elad Dror revela que dez dias antes de ser detido teve “uma reunião oficial sobre o Skyline com todas as partes envolvidas”, onde terá dito à autarquia que teria de “compensar dramaticamente” a empresa “para fazer este projeto valer a pena”.
O empresário israelita acusa ainda que o presidente da Câmara de Gaia, Vítor Rodrigues, de ter anunciado que a Fortera tinha contratado o arquiteto Souto Moura para o Skyline antes de acontecer uma reunião.
Garantindo que nada fez de ilegal, o CEO do grupo Fortera diz que o único crime que cometeu foi ter vindo para Portugal com boas intenções e boa-fé, acreditando na palavra de políticos que - segundo Elad - só se importam com uma coisa: as próximas eleições.
Aos comandos da Fortera nos últimos oito anos, Elad Dror resigna ao cargo, cumprindo com o que terá dito ao juiz durante a audição.
O novo CEO da Fortera deverá ser anunciado na próxima semana.