O Presidente da República nega divergências com o Governo em relação a Tancos e afirmou que ambos, assim como todos os portugueses, querem que se apure toda a verdade, com conclusões o mais rapidamente possível.
À saída de uma conferência na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, questionado pela comunicação social sobre o estado das suas relações com o Governo, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "é evidente que Presidente, Governo e todos os portugueses querem duas coisas" no que respeita a este caso.
"Primeiro, que se apure integralmente a verdade. Segundo, que a instrução criminal seja incisiva, vá até ao fim e, tanto quanto possível, seja rápida", acrescentou o chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas, sublinhando que "portanto, nisso, não há divergência nenhuma".
Interrogado, em seguida, se existe alguma divergência com o Governo, o Presidente da República respondeu: "não".
Marcelo Rebelo de Sousa falava à margem da sessão de encerramento do congresso internacional a propósito dos 100 anos nascimento do padre Manuel Antunes.
No final do seu discurso, o chefe de Estado anunciou a entrega, a título póstumo, da Grã-Cruz da Ordem do Infante.
Marcelo recordou o “professor íntegro, profundo, envolvente, carismática e influente”, o cidadão “impoluto, empenhado, sábio e pedagogo” e o sacerdote humanista, “fiel ao cruzamento da razão com a fé”.
A homenagem de Marcelo Rebelo de Sousa que também recordou que conheceu pessoalmente o padre Manuel Antunes, tendo frequentado as suas aulas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, nos finais dos anos 60.
O padre Manuel Antunes é considerado um dos pensadores e pedagogos mais notáveis do século XX, em Portugal.