Derrotado no conselho nacional do PSD, Rio diz que "apoiantes de Rangel tiveram medo"
06-11-2021 - 23:48
 • Ricardo Vieira

Conselheiros aprovaram proposta de Paulo Rangel. PSD vai a eleições diretas a 27 de novembro e congresso entre 17 e 19 de dezembro.

Rui Rio, o presidente do PSD e recandidato à liderança do PSD, lamenta que haja eleições internas e acusa a campanha de Paulo Rangel de ter “medo”, ao rejeitar que todos os militantes possam votar nas diretas.

O conselho nacional extraordinário do PSD chumbou este sábado a proposta de Rui Rio, que tinha proposto a antecipação das eleições diretas para 20 de novembro, e outra de Alberto João Jardim, para que não houvessem diretas antes das eleições legislativas de 30 de janeiro de 2022.

Venceu a proposta de Paulo Rangel, candidato à liderança do PSD, de eleições diretas a 27 de novembro e congresso entre 17 e 19 de dezembro.

Numa reação a este resultado, Rui Rio começou por dizer aos jornalistas no final do conselho nacional, que decorreu em Aveiro, que fez "tudo o que estava" ao seu alcance "para que o PSD tenha um bom resultado e ganhe as eleições ao PS no dia 30 de janeiro".

Nesse sentido, começou por procurar que "não houvesse eleições internas antes das legislativas para que o PSD se concentrasse no combate legislativa em janeiro". Perante a rejeição dessa possibilidade pelo conselho nacional, tentou depois "encurtar" prazos para que o PSD se concentrasse nas eleições legislativas, explicou.

Rui Rio propôs diretas para 20 de novembro, com a possibilidade de votarem todos os militantes ativos, "com quota paga no ano passado ou no presente ano", o que também foi rejeitado.

O líder do PSD afirma que nunca teve medo de eleições, sentimento que identifica nas fileiras do adversário Paulo Rangel.

"Propus que votassem todos os militantes ativos, que tem a quota paga no ano passado ou no presente ano. Também não quiserem. Pelos vistos, se alguém tem medo das eleições e do voto dos militantes todos, porque duplicava o caderno eleitoral, pelos vistos são os outros que me acusavam de ter medo. Eu nunca tive medo de ir a eleições. Legitimidade também não me falta. Termino o mandato em fevereiro, quando as eleições são em janeiro, portanto, todas as acusações caem por terra."

"Nós quisemos deixar votar os militantes todos e o conselho nacional teve medo, porque, atenção, esse voto foi de braço no ar. Os apoiantes do dr. Rangel tiveram medo de que no caderno eleitoral fossem os militantes todos", acusou Rui Rio.