O sucessor de Eduardo Stock da Cunha na liderança do Novo Banco, António Ramalho, iniciou esta sexta-feira funções no banco de transição, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter aceitado a escolha do Banco de Portugal.
"O Novo Banco informa que o Banco Central Europeu confirmou, hoje, a designação do Dr. António Manuel Palma Ramalho para o cargo de presidente do Conselho de Administração do Novo Banco com funções executivas, conforme deliberação do Banco de Portugal, com base em proposta do Fundo de Resolução", lê-se num comunicado do Novo Banco.
De acordo com o documento, disponibilizado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), "António Ramalho assume hoje as suas funções" no banco de transição.
O Novo Banco está entretanto no segundo processo de venda, depois de o primeiro processo ter sido suspenso em setembro passado, com o Banco de Portugal a considerar que nenhuma proposta era interessante.
De momento foram quatro as propostas recebidas – dos bancos BCP e BPI e dos fundos Apollo/Centerbridge e Lone Star, tendo o processo de estar concluído no máximo até Agosto de 2017.
Segundo a Lusa, os analistas que seguem o sistema bancário têm dito que o mais provável é que a venda do Novo Banco seja feita bem abaixo dos 4,9 mil milhões de euros que foram injectados na instituição, colocando pressão sobre o resto do sistema bancário, que poderá ter de arcar com os custos.
O futuro do Novo Banco, que está em processo de reestruturação, tendo saído mais de mil trabalhadores da instituição só nos últimos 12 meses, é uma incógnita.
Em Julho, numa carta para a Comissão Europeia, o Governo garantiu que não iria injectar mais dinheiro e que se o banco não for vendido será liquidado.