O primeiro-ministro reconheceu esta sexta-feira que existe um “problema de gestão” no SNS, estando o Governo “a acompanhar” a situação nas urgências, mas rejeitou que a resposta deva passar exclusivamente pelo reforço dos meios.
Em declarações aos jornalistas após uma visita à creche Luís Madureira, na Amadora (Lisboa), António Costa foi questionado sobre a situação nas urgências, afirmando que o Governo está “a acompanhar” esses desenvolvimentos.
O primeiro-ministro recordou que foi criada uma comissão específica para avaliar os problemas nas urgências de obstetrícia, havendo também uma “decisão de fundo que foi tomada, com a aprovação do estatuto do SNS” e que visa fazer com que, no próximo verão, haja “uma outra organização no SNS, de forma a organizar melhor os recursos”.
Costa reconheceu que “há um problema de gestão” no Serviço Nacional de Saúde (SNS), “e tem de haver uma gestão em rede”, mas recusou que a resposta a esses problemas deva passar apenas por mais meios.
“Eu chamo a atenção que nós não podemos responder sempre, e só, com mais meios, mais meios, mais meios. Se nós formos ver, desde 2016 para cá, o orçamento do SNS já aumentou 40%, os profissionais ao serviço do SNS, já aumentaram mais de 20%”, indicou.
O primeiro-ministro disse não descartar que “seja necessário prosseguir o reforço” dos meios humanos, mas sublinhou que não se pode “olhar para esta realidade como se, até agora, não tivesse havido reforço”.
“Nós não podemos responder só com mais meios. Precisamos também de responder com mais meios e melhor gestão”, sublinhou.