O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou, depois de se reunir com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, que o Reino Unido entregará a Kiev 120 veículos blindados e sistemas de mísseis antinavio e antitanque.
Durante o encontro, os dois líderes falaram sobre ajuda económica e militar e Boris Johnson anunciou uma nova rubrica de financiamento de 500 milhões de dólares (cerca de 450 milhões de euros) para a Ucrânia através do Banco Mundial, o que eleva o montante total de fundos comprometidos por esse meio para 1.000 milhões de dólares (cerca de 910 milhões de euros).
A ajuda financeira, ainda sujeita à aprovação do Parlamento britânico, pretende "continuar a manter os serviços humanitários vitais em funcionamento", segundo um comunicado do Governo do Reino Unido.
Boris Johnson prometeu ainda fornecer à Ucrânia 120 veículos blindados e mísseis antinavio, bem como 800 projéteis antitanque, para fazer frente às forças invasoras russas.
"A Ucrânia desafiou as probabilidades e afastou as forças russas dos portões de Kiev", disse o primeiro-ministro britânico, classificando a resistência ucraniana como "o maior feito de guerra do século XXI".
"Esta visita é uma manifestação do apoio resoluto, forte e contínuo do Reino Unido à Ucrânia", explicou Boris Johnson.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.