A oposição venezuelana decretou dois dias de greve nacional na próxima quarta e quinta-feira.
A paralisação de 48 horas foi convocada pela Unidade Democrática, a força que reúne todos os partidos da oposição.
Os Estados Unidos, principal comprador de petróleo da Venezuela, voltaram a reforçar a possibilidade de aplicar sanções do Governo de Nicolás Maduro e face a eventuais medidas que agravem a situação económica do país, Henrique Capriles – do partido Primero Justicia e um dos rostos da oposição – falou há instantes na rede social Facebook, apelando à adesão dos venezuelanos.
“As sanções significariam limitações a empresas norte-americanas de fazer negócios com a petrolífera do estado [PDVSA], proibição de exportar crude e proibição dos Estados Unidos importarem crude. Quer dizer, não nos vão vender nem comprar”, explica Capriles.
“Esta semana temos que parar os venezuelanos e quarta-feira, às 6h00, que a Venezuela inteira, todos… Não fique um único venezuelano sem se juntar a esta greve cívica que quer impor a sensatez no nosso país”, apelou.
Na passada semana, a primeiro a primeira
greve geral fez, pelo menos, quatro mortos e mais de 80 feridos. Houve ainda
registo de 260 detidos.
As manifestações a favor e contra Maduro intensificaram-se desde 1 de Abril passado, depois de o Supremo Tribunal ter divulgado duas sentenças, que limitam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assume as funções do parlamento.
Pelo menos 97 pessoas morreram desde o início dos protestos.