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O primeiro lote da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer-BioNTech chega a Portugal neste sábado e contempla 9.750 doses, destinadas aos profissionais de saúde dos centros hospitalares universitários do Porto, São João, Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central.
Os camiões refrigerados com as doses previstas para países da União Europeia (UE) saíram na quarta-feira de manhã da fábrica belga da farmacêutica norte-americana, situada em Puurs, no nordeste da Bélgica, sob fortes medidas de segurança, com dois veículos das forças policiais a escoltar cada um dos três veículos pesados depois do carregamento.
O início da vacinação neste domingo será uma iniciativa comum aos Estados-membros da UE e ocorre na mesma semana em que a Agência Europeia do Medicamento (EMA) considerou segura a vacina da Pfizer-BioNTech, para a qual concedeu uma autorização “para uso de emergência”, num processo que avançou a uma velocidade inédita.
Este lote “simbólico” de 9.750 doses, como chegou a catalogar o primeiro-ministro, António Costa, foi, todavia, reforçado na quarta-feira com o anúncio pela ministra da Saúde, Marta Temido, da antecipação da entrega de mais 70.200 doses, que têm chegada prevista para segunda-feira, elevando o total disponível para administração até ao final do ano para 79.950 vacinas.
O alargamento do número de vacinas, já neste arranque do plano de vacinação, vai levar, segundo Marta Temido, ao alargamento do número de profissionais selecionados e de hospitais abrangidos, com a ministra a assumir a sua esperança numa cobertura total da rede hospitalar do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Está igualmente prevista a extensão da vacinação nesta etapa às estruturas residenciais para pessoas institucionalizadas.
Entre dezembro e o primeiro trimestre de 2021, que corresponde ao período da primeira fase definida pela ‘task-force’ responsável pelo plano de vacinação, Portugal espera receber 1,2 milhões de vacinas, distribuídas por três períodos: 312.975 doses no acumulado de dezembro e janeiro, 429 mil doses em fevereiro e 487.500 em março.
A propagação de uma nova e mais transmissível estirpe do vírus SARS-CoV-2 nas últimas duas semanas – com particular foco no Reino Unido, mas que já chegou a outros países – lançou algumas dúvidas sobre a eficácia desta vacina. No entanto, a empresa BioNTech já veio assegurar a capacidade técnica para produzir uma nova versão da vacina, caso seja efetivamente necessário.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,7 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo mais de seis mil em Portugal.