“Uma mulher terna e firme ao mesmo tempo” – foi assim que Madre Teresa de Calcutá foi definida por uma das irmãs da sua obra.
É uma “dupla faceta” de uma “mulher tão pequenina e magrinha, mas tão forte e tão atractiva do ponto de vista da ternura de Deus”, comenta a vaticanista da Renascença, Aura Miguel.
Convidada a comentar a vida e obra daquela religiosa nascida na Macedónia, canonizada há um ano, Aura Miguel lembra “a maneira corajosa que [Madre Teresa] tinha para enfrentar a realidade mais incómoda, que são os mais pobres dos pobres, aqueles a quem tendencialmente viramos a cara para não enfrentarmos essa realidade”.
“Ela ia mesmo às lixeiras das ruas de Calcutá e andava pelas valetas à procura dos moribundos para lhes dar, ao menos, uma morte digna, uma vez que não tinham conseguido ter uma vida digna”, refere na Manhã da Renascença.
A sua fama era conhecida em vida e foi, ao lado do Papa João Paulo II (que depois a beatificou), uma das personalidades do século XX.
“A fecundidade da sua obra manifesta-se pelas Missionárias da Caridade, espalhadas pelo mundo inteiro, que vivem e acolhem os mais esquecidos e que mais sofrem nas realidades do mundo mais difíceis”, diz a especialista em assuntos religiosos, acrescentando que a sua obra “vai ao encontro também do estilo do Papa Francisco que, ao tê-la canonizado no ano passado, confirmou que esta mulher era um modelo a ser seguido por todos”.
Madre Teresa de Calcutá morreu a 5 de Setembro de 1997. Em 2012, as Nações Unidas decidiram instituir o Dia Internacional da Caridade nesta data.