Depois de quatro dias mais discretos, eis que Rui Tavares lançou uma polémica e tudo por causa de uma declaração que sugeriu uma aproximação à “direita democrática”.
Foi esta quinta-feira, durante uma ação de campanha em Odemira. O coordenador do Livre surpreendeu ao admitir dialogar com a AD, o que motivou ondas de choque, sobretudo junto do Bloco de Esquerda, que aproveitou o comício da noite para criticar o líder partidário que já integrou as fileiras bloquistas.
O caso forçou a assessoria de imprensa do Livre a esclarecer que essa disponibilidade para dialogar com direita só será possível em matérias que exijam consensos alargados como, por exemplo, uma revisão constitucional.
Entendimentos à direita para uma solução de Governo estão mesmo fora de questão.
Isso mesmo foi reforçado pelo candidato numa publicação na rede social X (antigo Twitter): "Se houver governo à esquerda, o Livre é parte da solução. Se houver governo à direita, o Livre é parte da oposição".
Rui Tavares a procurar esvaziar a polémica numa campanha até aqui discreta, muito focada com ações na zona de Lisboa, onde termina esta primeira semana de campanha.
Esta sexta-feira, o coordenador do Livre visita uma creche, sinalizando as preocupações sociais que têm dominado a campanha do Livre que, noutras dimensões, elegeu o ambiente, a mobilidade e o desenvolvimento da investigação e do conhecimento como bandeiras de uma campanha que, ao contrário de outros partidos, tem muito poucas ações no período da noite.