TGV Porto-Vigo a duas velocidades? "É fácil perceber a importância deste projeto"
07-12-2024 - 10:00
 • André Rodrigues

A partir de 2030, “podemos ter pessoas a morar no Porto a trabalhar em Lisboa e isto pode mudar a vida do país”.

O presidente da Associação Comercial do Porto critica “as duas velocidades” do projeto de TGV entre Portugal e Espanha.

Na semana em que foi assinado um manifesto entre o Norte de Portugal e a Galiza para a concretização da ligação Porto-Vigo em 2030, Nuno Botelho considera que Portugal “está a fazer o trabalho de casa e isso”, mas assinala que, do lado espanhol, “parece que há um compasso de espera”.

Perante o impasse, Nuno Botelho elogia “as câmaras de Pontevedra e do Porto, que estiveram muito bem a exigir do Governo espanhol uma tomada de posição para acelerar o processo, para que as coisas comecem a andar, de uma vez por todas”.

No comentário semanal no ‘Manhã, Manhã’, da Renascença, Nuno Botelha afirma que, “se pensarmos que o eixo Atlântico passa em núcleos urbanos como Leiria, Coimbra, Aveiro, Porto, Braga e Vigo, que serve indústrias, portos, aeroportos, é fácil perceber a importância deste projeto”.

A partir de 2030, “nós podermos ir numa hora e um quarto a Lisboa, ou seja, nós podemos ter pessoas a morar no Porto a trabalhar em Lisboa e isto pode mudar a vida do país”.

Norte da semana

Consignação de 1% de IRS para IPSS. “É de uma importância muito grande para o terceiro setor em Portugal. Por proposta do Governo, foi aprovada no Orçamento do Estado de 2025 a possibilidade de se consignar 1% do IRS anual para instituições de utilidade pública, como IPSS, associações culturais e até desportivas. Era 0,5%. Agora duplicou. É um setor que vive com muitas dificuldades, muito legislado. Por isso, é uma boa notícia que este setor merece”.

Desnorte da semana

Protesto violentos dos bombeiros sapadores. “Prestaram um péssimo serviço. Não é aceitável bombeiros a rebentarem petardos em plenas zonas residenciais e de serviços, a furarem cordões de segurança. Falta autoridade dos dirigentes sindicais e, neste momento, acho que se impunha, da parte dos sapadores e dos seus sindicatos, um pedido de desculpas”.